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Porque Falhamos

“Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.” Marcos 10:2


Eu estava completamente irritada comi­go mesma. Tinha falhado novamente! Dessa vez foi comer demais entre as refeições quando nem mesmo estava com fome! Mi­nha falha veio no auge de muitas vitórias significativas na área do apetite.

Com a ajuda pessoal de Deus confronta­ra meu vício do chocolate, colocara meu gos­to por doce em seu devido lugar, corrigira meus gostos pervertidos e lidara com vá­rios outros desequilíbrios relativos ao regime alimentar. Estava desfrutando a liberdade re­sultante do autocontrole em Deus e da me­lhora na saúde que acompanha essa liberda­de. E agora isso! “Por que, mas por que, falhei nesse ponto novamente?” Clamei a Deus.

Amorosamente, Ele dirigiu meu raciocí­nio da seguinte maneira: “Analise porque você teve sucesso nessas outras áreas e pro­cure o denominador comum. Compare isso com sua falha atual. Não tenha medo, pois Eu estou com você.”

Logo encontrei um momento tranqüilo para refletir com Deus ininterruptamente e descobri algo. Cada uma das minhas vitó­rias foi precedida por uma escolha deci­siva de fazer a vontade de Deus em vez da minha.

Essa escolha era mais do que desejar o benefício que Deus oferecia. Ia além de concordar que o Seu caminho é o melhor. Levou-me a ponto de cooperar em mi­nhas ações para fazer Sua vontade, con­fiando em Seu poder capacitador para mudar meus desejos pervertidos, concei­tos habituais, emoções e inclinações que cla­mavam dentro de mim.

Era uma batalha lutar contra a nature­za carnal? Oh, sim, como era! Acredito que é a maior batalha já travada. Mas em cada uma daquelas situações de vitória escolhi deixar Deus ser o Senhor da minha mesa, dos meus gostos e da minha boca. Nada passaria por meus lábios sem a aprovação de Deus!

Cada momento de tentação durante o dia era uma oportunidade para reafirmar meu compromisso matinal com Deus de ser Sua filha. Eu filtrava através de Deus cada desejo, tanto durante como entre as refei­ções.

Ele me ajudou a compreender exa­tamente o que, quanto e quando eu precisa­va comer. Coloquei minha decisão e ação do lado de Deus nessa questão e resisti à inclinação da natureza carnal em sua curta duração, enquanto Deus limpou os maus pensamentos, desejos, gostos e tudo mais. Pela graça de Deus atuando eficazmente em minha mente e coração eu faria a Sua von­tade, não a minha. 

A vitória foi constante quando eu esta­va determinada, decidida e cooperava exter­namente com Deus, confiando em Seu poder para trabalhar no íntimo com meus pensamen­tos errados, sentimentos, etc., levando-os a obediência com meu consentimento.

A batalha era real no in­tervalo entre minha escolha de seguir a Deus e a vitória. Mas enquanto minhas ações coo­perassem com minha escolha, em seu devido tempo – geral­mente quinze minutos ou um pouco mais – a vitória vinha. 

O domínio próprio e a paz reinavam. Meus desejos, meus pensamentos, minhas e­moções estavam todos subjuga­dos por Cristo que em mim ha­bitava. (Leia Hebreus 2:8.) A tentação tinha ido embora! Não havia mais uma tendência opressiva, constrangedora, para agir de modo contrário à vontade de Deus, nem para seguir os hábitos antigos.

Eu estava livre para seguir a Cristo – o poder estava comigo! A vitória era agradável, gosto­sa. Superabundava a alegria de ter conseguido autocontrole em Jesus. Estar satisfeita com uma salada, dizer “não” à sobremesa nessa refeição, estar satisfeita com refeição menor do que queria, ou estar disposta a simples­mente ter uma refeição com frutas pela ma­nhã, era uma satisfação que produziu alegria e gratidão a Deus. Como resultado, me apro­ximei de Deus, confiando mais nEle.

Em contraste, minhas falhas aconteciam da seguinte maneira. Tínhamos desfrutado um delicioso desjejum, que era atrativo e o sufici­ente. Eu ia para minha escrivaninha trabalhar. Cerca de trinta minutos depois Satanás colocou uma tentadora sugestão em minha mente. “Você se esqueceu de comer os biscoi­tos caseiros como sobremesa. Eles devem es­tar deliciosos!”

Sem consultar a Deus, pensei: “Bem, realmente me esqueci. Mas comi pão doce com morangos frescos e creme caseiro – isso é como uma sobremesa. Não preciso de bis­coitos. Além disso, agora estamos entre as refeições e tenho me esforçado para não co­mer entre as refeições.” E voltei a me envol­ver em meu trabalho para desviar minha mente da comida. “Sim, mas um só não lhe atrapalharia. Deve estar tão delicioso!” Ele fa­lou à minha fraqueza, ao meu hábito perverti­do que ainda reagia a esse tipo de estímulo!

“Bem, realmente deve estar de­licioso.” Comecei a cooperar em meus pensamentos com essa sugestão. “Mas prometi a Deus esta manhã que lutaria contra esse mau hábito. Não estou nem com fome. Tive um desjejum satisfatório.” Mas ain­da estava propensa. Meu pas­sado, meus velhos hábitos ainda estavam me levando a isso!

“Jim esta lá fora e não verá vo­cê pegando biscoitos. Está tudo bem. Está tão delicioso. Agora é sua chance, mais tarde não vai dar, então é melhor você agir rápido e fazer isso agora”, ele me pressionou.

“Sally, não vá lá. Este é o terreno encan­tado de Satanás. Estenda sua mão e segure a Minha mão, Meu poder é suficiente para você.” Deus estava me oferecendo um meio de es­cape do pecado e de suas tentações. 

Lutei, ponderei, e considerei se co­meria aquele biscoito ou não. Em minha mente havia conflito e confusão com a indeci­são. Compreendi claramente a vontade de Deus para mim. Mas meu passado, meus hábitos e meus gostos naturais estavam cla­mando por aquele biscoito! Deus me deu um tempo para fazer uma decisão com “livre­ arbítrio” para seguir a Ele ou não. Mas meus pensamentos, minha natureza carnal, e Sata­nás me forçaram a fazer o que tinha feito an­tes e eu cooperei com o inimigo.

Estranha, impulsiva, e constrangedora­mente me levantei e fui para a dispensa buscar apenas um biscoito. Afinal, pensei: “É um biscoito saudável. Só passou 30 minutos des­de o desjejum. Eu só vou pegar um.” Prometi.

Não decidi confiar em Deus nem se­gui-Lo, não é mesmo? Ao contrário, obedeci à voz da minha natureza carnal, meu mau há­bito, meu antigo modo de amar a mim mesma dessa maneira. E não comi apenas um! Co­mi três biscoitos até que Satanás começou a esmagar com o sentimento de culpa.


“Lá vai você novamente.” Ele me insul­tou. “Você não tem autocontrole. Deus não está aqui para lhe ajudar como prometeu!” Satanás insinuou à minha mente dúvidas quanto a Deus. “Deus pode ser capaz de mu­dar aos outros, mas não você. Você é um ca­so perdido! Ninguém pode amá-la dessa ma­neira. Agora você pode até comer mais pa­ra aliviar sua tristeza. Suas promessas são cordas de areia. Deus não pode amar você – você não consegue cumprir promessa algu­ma!”

Culpa, remorso, angústia se apoderaram de mim e consumiram meu ser – minha mente e meu coração. Meu trabalho na escrivaninha fora manchado e subitamente não senti que Deus poderia me usar para aconselhar outros!

Estava inclinada a aceitar todos es­ses pensamentos, raciocínios, e conceitos como verdade e me distanciar ainda mais de Deus. Esse era um caminho antigo – fácil de se seguir.

Então o que fez a diferença entre o su­cesso e o fracasso? 

Eu não colocara decididamente minha vontade ao lado de Deus e me determinara a seguí-Lo sem me importar com o preço. Não decidir é decidir. Eu não escolhi o correto, nem dependi do poder de Cristo para operar em mim tanto o querer como o efetuar segun­do a Sua boa vontade.

Nossa humanidade longe de Deus é incli­nada a servir o pecado e o “eu”. Quando não me alio com Deu para lutar contra o erro – o pecado – não tenho poder suficiente para combater ou reprimir o “eu”. Assim o “eu” me domina e continuo sendo uma súdita de Satanás!

Minha natureza carnal, meus velhos hábi­tos, meu passado me obrigam a obedecê-los mesmo quando estão errados. Primeiro coo­perei com esses pensamentos, depois com as ações correspondentes. Quando sigo meu próprio “eu”, cedendo minha vonta­de para fazê-lo, não estou livre, mas em escravidão, uma escravidão forçada. Em contraste, quando estou em Cristo, estou livre para servi-Lo de maneira correta e ao mesmo tempo não me falta poder.

Por que sigo minha natureza carnal quando já experimentei os dois lados? Não é loucura deixar a natureza carnal me do­minar dessa maneira? É tortura, remorso, e culpa – por que reajo dessa maneira?

Simplesmente por que estou familia­rizada com isso – isso é estranhamente con­vidativo. O consolo de um velho amigo acom­panha nossa inclinação aos caminhos perverti­dos. Embora não desejemos a escravidão de velhos hábitos, somos estranhamente atra­ídos a eles e nos sentimos confortáveis neles. Esses velhos gigantes em nosso cará­ter ali habitam até que nos alistemos sob Cris­to como nosso General para nos guiar na ba­talha, e nos mostrar como empunhar a espada do Espírito para exterminá-los. Então, e so­mente então Cristo pode reinar e nos sa­ciar com toda a Sua bondade.

Talvez o apetite não seja o seu pecadi­nho acariciado. Seja qual for sua fraqueza, para vencê-la enfrentará a mesma situação. Devemos seguir o exemplo de Cristo e apren­der que o extermínio de nossos gigantes começa ao dizermos: “Não se faça a minha vontade, e, sim, a Tua.” Lucas 22:42. 

Identifique o gigante em sua experi­ência. É o desespero, a insegurança, indigni­dade, ou culpa? É o orgulho, a inveja, os ciú­mes, ou a cobiça? É o mau humor, a crítica, ou uma conduta dominadora? É a imoralidade, ou simplesmente perversão? É o medo da re­jeição? É o medo de algo mais? É controlar aos outros para se sentir no controle?

Nós falhamos, amigo, sempre e a toda vez que não deixamos Jesus nos domi­nar! Quando tememos enfrentar nosso gigan­te, quando hesitamos em decidir – então es­tamos decidindo contra Cristo. Se não deci­dimos segui-Lo – podemos identificar nossa “decisão verdadeira” através de nossas ações. A Bíblia diz: “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta.” Provérbios 20:11. 

Estamos seguindo a Cristo ou a outros deuses, como o “eu”, Satanás, ou hábitos per­vertidos? São nossos atos que mostram que deus nos governa. Não há meio termo. É por isso que Satanás nos le­va à indecisão, indiferença, confusão, medo, porque hesita­mos decidir – e não decidir é decidir. Se não escolhemos Deus com convicção, Satanás retém aquela posição de domí­nio sobre nós – somos implicita­mente seus súditos.

Falhamos quando Deus não é Aquele que está no co­mando do que pensamos, senti­mos, dizemos ou fazemos. So­mos os pilotos e esperamos que Ele seja nosso co-piloto – mas isso não funciona! Não estamos dando tudo a Deus, estamos? Nós estamos no co­mando! A Bíblia inteira trata de quem está no comando de nossa vida. Se nós estiver­mos no comando, os problemas estão à nossa espreita. Se Deus está no controle, o sucesso, autocontrole por meio dEle e alegria estão à nossa espreita. Qual é a sua escolha?

Vi um querido amigo lutando em seu ca­samento para simplesmente amar sua esposa como Deus deseja. Deus estava claramente lhe pedido que amasse sua esposa sem ne­nhum interesse próprio.

Era doloroso e lamentável observar Sata­nás insultar esse homem com falsos pensa­mentos, conceitos, emoções e maus hábitos. Satanás argumentava com ele, confundindo a verdadeira questão, perturbando seus senti­mentos em relação às “necessidades” que “não estavam sendo supridas” e cultivando pensamentos sobre quão desafetuosa a es­posa era – mesmo que não fosse verdade. “Se ao menos ela fizesse isso…” ele lamentava. 

Suas necessidades estavam enraiza­das no egoísmo – o que por vezes admitia, mas se esquecia da necessidade de tratá-la amavelmente naquele momento – seu velho modo lhe era confortável. Temia, hesitava e falhava em decidir permitir que Deus lhe dominasse, deixava de filtrar através de Deus cada pensamento, palavra, e ação. Sem Deus no leme, podia apenas tratar sua esposa como antes – freqüentemente com frieza, indiferença, e um espírito degradante.

A reação da esposa era o retrai­mento – timidez nos momentos de intimidade – o que apenas agravava o estado mental dele. Sentindo-se manipulado por ela, reagia censurando-a, falando ­lhe sobre a necessidade de mu­dar, mantendo silêncio, dei­xando-a de lado, negligenciando sua parte a todo tempo. A verdade é que ele estava ten­tando manipulá-la com suas respostas frias – sendo guiado por Satanás, por seu passado e por velhos modos de agir – que­rendo fazê-la voltar ao seu ve­lho estilo problemático.

Sua necessidade de mudança parecia ser desconfortável e hesitava em confiar em Deus. Ele se apegava ao conforto de seu pe­cadinho acariciado. Sua falta de decisão de seguir a Jesus completamente, e sua falha em olhar para o poder de Cristo capaz de tor­nar-lhe semelhante a Ele e amar sua esposa, estavam fazendo com que perdesse misera­velmente o que ele mais desejava.

Satanás quer manter muitos maridos ou esposas nessa posição de indecisão e hesita­ção de seguir a Deus de todo o coração.  Con­centrar-se em permitir que Deus transforme o “eu” é a verdadeira solução. Mas Satanás gosta de manter essa verdade escondida. Ele gosta de empurrar o botão emocional cha­mado “culpe o cônjuge”, pois isso mantém “me” impede de ver o que precisa ser mudado em mim. Isso é tão natural para nossa nature­za carnal, como foi para Adão e Eva. 

Satanás insinua em nossos pensamentos que não gostaremos desse novo caminho. É desconfortável! É tão difícil! E ao concordar­mos com ele, ele nos mantêm sob seu controle – obedecendo aos ditames de seu caráter, obedecendo a seus sentimentos nega­tivos – e assim falhamos. 

Satanás é mentiroso e pai de todas as mentiras. Não podemos acreditar nele, nem nos pensamentos que ele traz à nossa mente, os quais são contra a Palavra, o caráter, a vida e o Espírito de Deus. Que tolice, segui-lo tão facilmente; mas quantas vezes fazemos exatamente isso! Não deixamos Jesus nos governar. Ao contrário, deixamos Satanás governar! Dize­mos a Jesus que temos medo dEle! Imagi­ne uma criança que não confia em sua mãe! Foi isso que fiz quando escolhi comer demais. Obedeci a Satanás, ao meu passado, e aos meus velhos hábitos que inevitavelmente me levaram à miséria, ao fracasso e não à alegria como Satanás sugere que a desobedi­ência oferece.

Meu amigo fez o mesmo no casamento dele. Não é mais difícil permanecer em nossos velhos caminhos do que é enfren­tar os “novos caminhos” sob a liderança de Cristo? Eu acho que sim. Seu casamento pode ser um relaciona­mento amoroso, seguro, afetivo e satisfatório se você deixar Jesus guiar cada um de seus pensamentos, sentimentos, emoções, concei­tos, e reações. Deixe Deus definir para você o que é o amor verdadeiro. Agarre-se aos pensamen­tos de Deus e os envolva em suas reações. Jesus é um Deus suficientemente grande para implantar a retidão em você. Ele espera sua cooperação! Ele é o Criador.

Ele é capaz e está disposto a expulsar de você o egoís­mo e os conceitos errados, aos quais você se apega, bem como todos os velhos hábi­tos que lhe dominam, desde que você per­mita que Ele possua seu coração por com­pleto. Ele deseja limpar seu coração, sua mente, sua alma, seu casamento, e a unidade de sua família para que todos sejam seme­lhantes a Cristo em pensamento, palavra e ação. Não deseja você audaciosamente mu­dar de mestre, duvidando de Satanás e confi­ando em Deus?

O reino do Céu é nosso quando ampla­mente abrimos a porta do nosso coração, e seguimos a Cristo como nosso Senhor e Salva­dor. Então Ele transforma as nossas falhas em vitórias. 

Vida plena de poder.

Sally Hohnberger, traduzido por Vera Michel de Matos. Usado com permissão do projeto Empowered Living Ministries (www.empoweredlivingministries.org)

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