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Ensinando Idiomas para as Crianças

Atualizado: 16 de jun. de 2024

Muitos pais hoje em dia se preocupam com o ensino de um segundo idioma para as crianças. Sabemos que na época em que vivemos é quase que essencial falar um segundo idioma, principalmente o inglês, seja para auxiliar na profissão ou estudo, ou para se preparar melhor para servir a Deus no campo missionário. Como diz o conselho: “Os jovens se devem estar habilitando para o serviço, tornando-se familiarizados com outras línguas, para que Deus deles Se sirva como de instrumentos para comunicar Sua salvadora verdade ao povo de outras nações.” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 508).


Mas qual seria a idade ideal para iniciar o ensino de outro idioma? Pesquisas comprovam que os primeiros anos de vida de uma criança são os melhores para se aprender outro idioma. Quando nascemos, temos em nosso cérebro impressões para todos os fonemas existentes. Isso quer dizer que temos a capacidade de aprender múltiplos idiomas ao mesmo tempo e sem sotaque. Tive a oportunidade de presenciar isso quando trabalhei em uma pré-escola nos EUA anos atrás e convivi com um menino de três anos de idade que falava português fluentemente por influência do pai brasileiro, falava francês fluentemente por influência da mãe francesa, e na escola estava aprendendo o inglês.


Essa facilidade de aprender idiomas ocorre mais nos primeiros anos de vida, antes das “podas neuronais” acontecerem. Conforme crescemos, os neurônios que não usamos são descartados e juntamente com eles essas impressões dos fonemas não utilizados. Se na infância aprendemos um segundo idioma no qual esses fonemas são usados, eles permanecerão ativos em nossa mente.


Ao aprendermos um idioma depois de adultos, quando as impressões já foram apagadas, ao tentarmos produzir fonemas que não fazem parte da nossa língua nativa, nosso cérebro escolherá o fonema mais próximo e isso resultará no “sotaque”. É o caso do famoso fonema “th” no inglês. A maioria dos brasileiros que aprende inglês quando adulto, têm dificuldade de pronunciar esse fonema e acaba usando o “d” ou mesmo o “f” no lugar do “th”.


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Agora, é importante lembrar que não estamos falando aqui da alfabetização em dois idiomas ao mesmo tempo, mas apenas do desenvolvimento da fala. Devido a alguns fonemas e grafemas serem completamente diferentes em certos idiomas, já foi comprovado que a criança que tentar aprender a ler e escrever em dois idiomas ao mesmo tempo pode se confundir e demorar mais para se desenvolver. Em geral, então, é melhor que a criança seja alfabetizada em um idioma primeiro, depois no outro.


Algo interessante que as pesquisas também indicam é que se na infância a criança for exposta a outro idioma, mesmo que não aprenda a falar fluentemente, ela preservará na mente as impressões dos fonemas e terá menos sotaque quando aprender a falar o idioma mais tarde na vida. Vale ressaltar, no entanto, que essa exposição funciona melhor quando a criança é exposta à pessoas reais falando e interagindo no outro idioma, não apenas vídeos ou materiais digitais. Por incrível que pareça, existe uma diferença entre os dois. O cérebro assimila melhor os fonemas “ao vivo”, do que através de alguma forma de mídia.


Um exemplo disso, foi a experiência que meus irmãos e eu tivemos em nossa família. Moramos nos EUA quando criança até aproximadamente os 5 anos de idade. Como vivíamos em uma comunidade brasileira e não frequentamos escola nesse período, nunca chegamos a falar o inglês fluentemente, mas pelo fato de termos convivido com o idioma, ao aprendermos a falar na adolescência adquirimos bem pouco do sotaque estrangeiro. O mesmo aconteceu com minhas filhas e várias outras pessoas que conhecemos.


Então se você gostaria de ensinar seu filho a falar inglês ou outro idioma, comece expondo-o desde cedo ao idioma que deseja ensinar. E como deve ser essa exposição? Se você não pode viver em outro país por um tempo, aqui vão algumas dicas de atividades simples que você pode fazer. Alguns dos recursos mencionados se aplicam ao inglês, mas podem facilmente ser encontrados ou adaptados a outro idioma:

  • Se você fala um pouco do idioma ou conhece alguém que fale, converse com seu filho e ensine as palavras, pronunciando-as o mais corretamente possível. Recursos online podem ajudá-lo com a pronúncia correta como o Google Tradutor.

  • Leia livros ilustrados para contar histórias ou ensinar vocabulário.

  • Ao ensinar as as palavras mostre os objetos para a criança e fale no novo idioma. Não traduza ou diga “isto significa aquilo”. Quando mais sentidos as crianças usam para aprender, melhor fixam. Para crianças que já sabem ler, faça etiquetas com os nomes de objetos em sua casa para que quando ela ver o objeto ela se lembre do nome em inglês.

  • Ensine “nursery rhymes” ou "fingerplays" que são pequenos poemas ou versos rimados com gestos. Ao usar gestos as palavras se fixarão mais facilmente na memória.

  • Ensine músicas ou versos bíblicos cantados em inglês, especialmente aqueles que a criança já conhece em português. Conheça o canal do Scripture Singer.

  • Use bons vídeos, mas com muito cuidado e moderação. Uma sugestão de recurso é o Programa “Tiny Tots for Jesus” da TV 3ABN, um canal de televisão adventista nos EUA.


Imagem: Freepik

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