Imagine-se em uma exposição de automóveis clássicos. Aqueles onde o cromo polido brilha conforme os donos entusiasmados expressam orgulho e alegria. Ao passar por um carro particularmente interessante você pergunta: “Que carro é este?” O dono responde com um orgulho evidente ao lhe apresentar detalhes mais específicos de seu Ford 1925 modelo T Coupe. Ao expressar mais interesse uma ligação é instantaneamente formada. É através do seu interesse no hobby desse entusiasta que um senso de camaradagem é criado.
Todos nós gostamos quando outras pessoas se interessam por nós. É até mais significativo quando alguém que amamos ou respeitamos expressa esse interesse. E se você estivesse expondo seu Cadilac 1931 e Bill Gates mostrasse interesse? Você acha que ficaria feliz? Você ficaria ansioso para contar aos seus amigos? Claro que sim!
Mas como isto está relacionado ao sonho dos nossos filhos? Toda criança deseja a atenção dos pais. Alguns não admitem porque a pressão dos colegas diz que não é “legal” passar tempo com a mãe e o pai, mas lá no fundo eles querem que demonstremos interesse por eles. Nossos filhos querem amigos. Se pudessem se expressar, nos diriam que querem amigos que podem confiar. Amigos que os amem e cuidem deles, amigos que tomem tempo para eles. É nossa responsabilidade como pais suprir esta necessidade de sermos amigos dos nossos filhos nos envolvendo em seus sonhos. Isto significa que se a sua filha gosta de observar passarinhos, você vai observar passarinhos com ela. É isso aí! Mesmo que não goste de sentar num tronco e esperar até que um tentilhão apareça. Se seu filho gosta de escorregar na neve na descida mais íngreme da cidade quando está zero graus lá fora, adivinha? Você veste roupa de frio e vai com ele! Goste ou não, faz parte do trabalho de pais comprometidos.
Quando expressamos interesse em nossos filhos dedicando-lhes tempo e atenção, eles são tocados de um modo como nossas meias-tentativas jamais poderiam tocá-los. Participar com eles das atividades que gostam ajuda a desenvolver um vínculo mais forte, uma conexão que traz alegria a eles e acima de tudo respeito para nós. Desde modo, é mais fácil também que eles se unam a nós nas coisas que consideramos importantes, como limpar as janelas, cortar a grama ou lavar o carro.
A chave aqui é um compromisso de coração. Se estivermos no celular conversando com nossos amigos ou desligados das crianças enquanto deveríamos estar observando passarinhos ou escorregando na neve, estas atitudes também neutralizam uma grande porção do bem que poderíamos realizar. Assim como podemos perceber quando nossos filhos estão comprometidos conosco, eles também sabem quando estamos envolvidos com eles. Não se iluda! Eles perceberam que você estava desligado ou desinteressado.
Para conhecermos nossos filhos de um modo mais profundo, seria bom investigar seus interesses e desejos. Podemos perguntar onde gostariam de passar as férias ou o que fariam se uma tarde de domingo fosse separada para uma atividade especial em família. As respostas a esses tipos de pergunta nos darão maior compreensão sobre nossos filhos e estaremos mais preparados para suprir suas necessidades.
É triste o fato de que muitos pais estão tão centralizados em si mesmos para tomar este tipo de interesse genuíno em seus filhos. Preferem jogar bola com seus amigos ou fazer compras com suas amigas do que se envolverem com seus filhos. Conforme perdemos oportunidades de passar tempo de qualidade com eles enquanto vivem sob o mesmo teto, estamos inconscientemente preparando o caminho para nossos filhos serem mais distantes no futuro. Tomar tempo agora para criar memórias especiais colherá juros nos anos à frente. A Bíblia declara a ordem dos eventos em Malaquias 4:6, primeiro nós devemos converter nosso coração aos nossos filhos e então eles converterão seu coração a nós.
Este é o momento de descobrir e participar dos sonhos dos nossos filhos, unindo seu coração ao nosso agora e para sempre.
“Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais.” Malaquias 4:6
Paul e Carolyn Rayne