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Controle do Tempo e o Vício da Mídia

Atualizado: 15 de jul. de 2020


Você tem dificuldade em organizar sua vida familiar, mas facilmente acompanha vários grupos nas redes sociais? Então, cuidado, você pode estar desenvolvendo o vício da mídia que poderá trazer sérias consequências para sua família. Isto não é, no entanto, razão para se desesperar, mas pedir a ajuda de Deus e decidir agir diferente.

Veja como um jovem pai reverteu o vício da mídia em sua vida dele apenas seguindo este sábio conselho deixado a nós à muito tempo atrás:

“Tanto quanto possível, é bom considerar o que deve ser realizado durante o dia. Fazei uma lista dos diferentes deveres que aguardam a vossa atenção e ponde de parte certo tempo para a realização de cada um deles. Faça-se tudo completamente e com correção e desenvoltura. Se vos tocar a sorte de fazer arrumação, então cuidai de que os quartos estejam bem arejados e a roupa de cama seja exposta ao sol. Marcai uma certa quantidade de minutos para fazer o trabalho, e não pareis para ler os jornais e livros em que os vossos olhos recaem, mas dizei a vós mesmos: “Não, só tenho tantos minutos para fazer o trabalho e devo realizar minha tarefa no tempo determinado.” (Orientação da Criança, p. 74).

O princípio que Ellen White está enfatizando no parágrafo acima é conhecido hoje como Timeboxing. O uso secular visa o aumento de produtividade e redução de custos em gestão de projetos e em gestão pessoal de tempo.

A gestão tradicional de tarefas estabelece o resultado como uma constante e o tempo torna-se a variável. O que EW propõe é o oposto: fixar o tempo e entregar o resultado dentro do tempo determinado.

Isso é algo antinatural. O que fazemos naturalmente é utilizar todo o tempo que temos para desempenhar uma tarefa. Quanto mais tempo tivermos, mais tempo tendemos a gastar na tarefa, em geral por dois erros: indolência e perfeccionismo. Ou somos lentos, ou tendemos a melhorar algo que já está pronto (ou os dois).

Considerando que “O valor do tempo supera toda computação” (PJ, 182) faz todo o sentido essa inversão, proposta por EW. Devemos olhar o tempo como o recurso mais valioso e limitado, e então alocá-lo racionalmente.

“Os pais devem ensinar a seus filhos o valor e o bom uso do tempo. Ensinai-lhes que é digno esforçar-se para fazer algo que honre a Deus e abençoe a humanidade. Mesmo na infância podem ser missionários para Deus.” (Parábolas de Jesus, 184).

Foi isso que me ajudou e continua me ajudando a vencer meu vício. Compreendo que não é algo simples, na verdade é um trabalho para a vida toda. Quando eu comecei a perceber o valor do tempo as coisas mudaram na minha vida. Eu sou capaz de identificar um mal caminho logo no início e pelo auxílio divino tenho vencido minha inclinação. A verdade é que hoje vejo com tristeza como é generalizado esse grande mal. Minha opinião, portanto, é de que esses princípios, se ensinados aos filhos, serão uma salvaguarda.

Sugiro que você leia a respeito de timeboxing, submetendo tudo aos princípios divinos e aplicando na vida prática. Quando as crianças também entenderem que podem ser mais produtivas em menos tempo, ficarão mais felizes por alcançar seus objetivos úteis, tudo dentro de um plano racional, sem serem levadas por anúncios ou mensagens distrativas:

“Marcai uma certa quantidade de minutos para fazer o trabalho, e não pareis para (…) [ver os vídeos sugeridos e anúncios] em que os vossos olhos recaem, mas dizei a vós mesmos: “Não, só tenho tantos minutos para fazer o trabalho e devo realizar minha tarefa no tempo determinado.” (Orientação da Criança, p 74).

Talvez uma das principais razões pelas quais muitas pessoas acabam se viciando em mídia, é por que precisam de um escape das pressões da vida. Não tem nada de errado em desejar tirar um tempo para relaxar e descansar. Isto não é apenas normal como necessário, mas para fazermos isto de modo que será um benefício e não um malefício, precisamos também saber escolher as atividades que faremos. E como podemos escolher sabiamente? A resposta está em outra pergunta feita por este jovem pai, e na compreensão da diferença entre atividades que promovem recreação e diversão.

A pergunta essencial é: me sinto mais disposto e com vontade de ler a Bíblia depois de terminar minha atividade?

“Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo — recriação — tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida.” (Educação, p. 207).


RECREAÇÃO Vs DIVERTIMENTO

Objetivo:

RECREAÇÃO Afastar “de nossos cuidados e ocupações usuais”

DIVERTIMENTO “procurado com o fim de proporcionar prazer”

Energia:

RECREAÇÃO “proporciona descanso ao espírito e ao corpo”

DIVERTIMENTO “muitas vezes levado ao excesso”

Trabalho:

RECREAÇÃO “habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida”

DIVERTIMENTO “absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil”

Resultado:

RECREAÇÃO “tende a fortalecer e construir”

DIVERTIMENTO “um estorvo ao verdadeiro êxito da vida”


Que Deus nos ajude a controlar nosso tempo de modo saudável evitando desenvolver vícios negativos e que Ele também nos ajude a saber como escolher atividades recreativas saudáveis.

Texto: Rafael Cruz / Comentários: Rute Bazan

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