Quanto mais nova a criança mais rápido e fácil é de se implementar um hábito, inclusive o de dormir a noite toda.
Com meu primeiro filho eu não tinha esse conhecimento e continuei amamentando até os 7 meses. Minha filha eu trouxe do hospital e a partir da primeira noite ja não amamentei durante a noite. Deixei a pequena no meu quarto para poder checar, dava umas batidinhas nas costas ou falava suavemente de quando em quando com ela se começasse a resmungar ou chorar (mas nem isso é preciso). Comecei assim que viemos do hospital porque, estudando sobre o assunto, descobri que o bebê mama o que precisa ao longo do dia. Se forem menos mamadas ele vai mamar maior quantidade de leite a cada vez que o peito é oferecido. Se forem mais mamadas o bebê simplesmente ajusta a quantidade mamando menos a cada vez.
E é bom lembrar que o leite materno não é um leitinho diluído mas um leite rico em proteínas (mesmo que seja somente 30% do conteúdo de proteína comparado com leite de vaca) e gorduras que sustentam e promovem o incrível crescimento do infante, que chega a dobrar de peso em 4 ou 6 meses e dobrar de novo até os doze meses, é isso só mamando!As gorduras contidas no leite materno são bem diferentes do leite de vaca e dos leites vendidos pra bebê. Elas são específicas e essenciais para o desenvolvimento do cérebro infantil e são superiores a qualquer substituto.
Então se tirarmos as mamadas da noite ele vai dormir a noite toda e mamar o que seu organismo precisa durante o dia.
O sono não interrompido promove um melhor descanso para o bebê e a mãe.
O sono interrompido da mãe aumenta o estresse, a irritabilidade, o cansaço e diminui a capacidade de raciocínio, o discernimento na hora de fazer decisões e a capacidade de auto controle. Diminui também os reflexos (tão necessários para proteger o bebê) e a capacidade de aprender (tão importante quando tudo é novo especialmente com o primeiro filho). Outra área afetada é a memória, mas especialmente as memórias positivas. Isto significa que esquecemos muitas das coisas boas que nos fariam felizes mas lembramos melhor das coisas negativas. Será que é por isso que ficamos ainda mais irritadas com o marido e as crianças, porque esquecemos no que nos tem ajudado mas lembramos bem aquilo que eles não fizeram ou o que fizeram e não gostamos?
Agora vamos à parte prática:
O método mais rápido e eficaz para a criança aprender a dormir à noite é não atender ao choro. Se ela acorda para mamar ou para receber um carinho ou um conforto, seja o que for, precisamos nos refrear de atender. Cada vez que damos a ‘recompensa’ estamos estimulando que ela continue acordando para receber; estamos formando ou reforçando um hábito. Tentar tirar aos poucos prolonga o processo.
O processo em si para a criança dormir a noite toda varia de acordo com a criança e especialmente com a idade. Quanto mais nova, em geral, mais rápido e quanto maior tende a demorar mais pelo hábito estar mais arraigado. Mas como regra o processo pode levar de uma noite a uma semana. Mas nunca conheci ninguém que tenha chegado a uma semana. E conheci crianças já com mais de dois ou três anos que ainda mamavam de noite e que em duas noites o problema estava resolvido.
Aqui nos Estados Unidos, há companhias especializadas em treinar os pais nesta questão. Sim, porque em geral o maior problema é os pais se controlarem para não desistirem e correrem para atender a criança achando que já chorou demais.
E aqui um alerta, ceder depois de deixar a criança chorar aumenta consideravelmente o tempo de aprendizagem. Na verdade estamos ensinando outra lição: a de que se ele continuar chorando e não desistir, mesmo que demore vai conseguir. E assim demora bem mais para extinguir o hábito. É como ter dó do jovem que está implorando pela droga que está tentando eliminar e a gente dar ‘só essa vez, coitado’.
Alguns pais cedem pela ansiedade. Não conseguem se controlar. Por isso há uma outra opção que é de os pais checarem de quando em quando para ver se a criança está bem. Neste caso, seria só checar mesmo sem tocar ou conversar com a criança. Ainda assim pode prolongar o processo pois a entrada da mãe dá esperança de receber o que quer e aumenta a frustração de não ter. A consequência é ter a tendência de prolongar o tempo de choro o processo como um todo.
Além da angústia natural de querer acalmar a criança e/ou acabar com o choro para poder todo mundo dormir, ainda tem o medo. O que foi natural para as gerações passadas, hoje é por muitos, considerado como podendo causar ‘estresse excessivo’ na criança e até mesmo ‘trauma’ para o resto da vida.
Para analisar essas declarações, muitas vezes feitas até por profissionais que pensamos ter uma base científica para o que falam, muitos estudos foram feitos. Alguns estudos mediam o nível de cortisol na saliva do bebê e outros acompanharam as crianças até os seis anos de idade para descobrir se havia as tais sequelas. Quanto ao cortisol (hormônio do estresse) as medições atestam que não há níveis mais elevados que o normal durante ou depois do processo de modificação do hábito de dormir a noite toda. E as crianças que passaram por este processo não apresentaram nenhum tipo de sequela ou trauma posterior.
Minha sugestão é que os pais planejem e comecem implementar de preferência num final de semana quando não precisem trabalhar no dia seguinte. Ou que o pai coloque tampão de ouvido e durma o mais longe possível se tiver que acordar cedo no próximo dia.
Ou, se a mãe tiver mais tendência de ceder, que o papai fique responsável pelo processo enquanto a mamãe fica mais distante ou com o tampão ou na casa da mamãe dela.
Se a criança já for maior e entender um pouco mais a mãe pode explicar que agora que ela está ‘grande’ não precisa mais mamar (ou querer que a mamãe vá dormir com ela quando ela acorda ou…) e que por isso quando acordar é só dormir de novo. Avise também que mamãe vem pega-lá quando o sol aparecer amanhã cedo mas não antes. Ore com ela e por ela.
A criança não vai chorar a noite toda porque chorar desgasta e cansa e ela acaba por dormir. No dia seguinte procure manter o horário habitual e manter a criança sem sonequinhas extras, especialmente na parte da tarde e noitinha. Acorde a criança com calma e bom ânimo. Lembre que será uma benção para a criança e para todos da família poder em breve dormir sem interrupção a noite toda e todos acordarem descansados e calmos.
A experiência de firmeza com amor nos abre os olhos para o fato de que muitas vezes sofremos e fazemos sofrer por um dó que traz dor na verdade.
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5
Abraço,
Silvia Martins mais nova a criança mais rápido e fácil é de se implementar um hábito, inclusive o de dormir a noite toda.
Com meu primeiro filho eu não tinha esse conhecimento e continuei amamentando até os 7 meses. Minha filha eu trouxe do hospital e a partir da primeira noite ja não amamentei durante a noite. Deixei a pequena no meu quarto para poder checar, dava umas batidinhas nas costas ou falava suavemente de quando em quando com ela se começasse a resmungar ou chorar (mas nem isso é preciso). Comecei assim que viemos do hospital porque, estudando sobre o assunto, descobri que o bebê mama o que precisa ao longo do dia. Se forem menos mamadas ele vai mamar maior quantidade de leite a cada vez que o peito é oferecido. Se forem mais mamadas o bebê simplesmente ajusta a quantidade mamando menos a cada vez.
E é bom lembrar que o leite materno não é um leitinho diluído mas um leite rico em proteínas (mesmo que seja somente 30% do conteúdo de proteína comparado com leite de vaca) e gorduras que sustentam e promovem o incrível crescimento do infante, que chega a dobrar de peso em 4 ou 6 meses e dobrar de novo até os doze meses, é isso só mamando!As gorduras contidas no leite materno são bem diferentes do leite de vaca e dos leites vendidos pra bebê. Elas são específicas e essenciais para o desenvolvimento do cérebro infantil e são superiores a qualquer substituto.
Então se tirarmos as mamadas da noite ele vai dormir a noite toda e mamar o que seu organismo precisa durante o dia.
O sono não interrompido promove um melhor descanso para o bebê e a mãe.
O sono interrompido da mãe aumenta o estresse, a irritabilidade, o cansaço e diminui a capacidade de raciocínio, o discernimento na hora de fazer decisões e a capacidade de auto controle. Diminui também os reflexos (tão necessários para proteger o bebê) e a capacidade de aprender (tão importante quando tudo é novo especialmente com o primeiro filho). Outra área afetada é a memória, mas especialmente as memórias positivas. Isto significa que esquecemos muitas das coisas boas que nos fariam felizes mas lembramos melhor das coisas negativas. Será que é por isso que ficamos ainda mais irritadas com o marido e as crianças, porque esquecemos no que nos tem ajudado mas lembramos bem aquilo que eles não fizeram ou o que fizeram e não gostamos?
Agora vamos à parte prática:
O método mais rápido e eficaz para a criança aprender a dormir à noite é não atender ao choro. Se ela acorda para mamar ou para receber um carinho ou um conforto, seja o que for, precisamos nos refrear de atender. Cada vez que damos a ‘recompensa’ estamos estimulando que ela continue acordando para receber; estamos formando ou reforçando um hábito. Tentar tirar aos poucos prolonga o processo.
O processo em si para a criança dormir a noite toda varia de acordo com a criança e especialmente com a idade. Quanto mais nova, em geral, mais rápido e quanto maior tende a demorar mais pelo hábito estar mais arraigado. Mas como regra o processo pode levar de uma noite a uma semana. Mas nunca conheci ninguém que tenha chegado a uma semana. E conheci crianças já com mais de dois ou três anos que ainda mamavam de noite e que em duas noites o problema estava resolvido.
Aqui nos Estados Unidos, há companhias especializadas em treinar os pais nesta questão. Sim, porque em geral o maior problema é os pais se controlarem para não desistirem e correrem para atender a criança achando que já chorou demais.
E aqui um alerta, ceder depois de deixar a criança chorar aumenta consideravelmente o tempo de aprendizagem. Na verdade estamos ensinando outra lição: a de que se ele continuar chorando e não desistir, mesmo que demore vai conseguir. E assim demora bem mais para extinguir o hábito. É como ter dó do jovem que está implorando pela droga que está tentando eliminar e a gente dar ‘só essa vez, coitado’.
Alguns pais cedem pela ansiedade. Não conseguem se controlar. Por isso há uma outra opção que é de os pais checarem de quando em quando para ver se a criança está bem. Neste caso, seria só checar mesmo sem tocar ou conversar com a criança. Ainda assim pode prolongar o processo pois a entrada da mãe dá esperança de receber o que quer e aumenta a frustração de não ter. A consequência é ter a tendência de prolongar o tempo de choro o processo como um todo.
Além da angústia natural de querer acalmar a criança e/ou acabar com o choro para poder todo mundo dormir, ainda tem o medo. O que foi natural para as gerações passadas, hoje é por muitos, considerado como podendo causar ‘estresse excessivo’ na criança e até mesmo ‘trauma’ para o resto da vida.
Para analisar essas declarações, muitas vezes feitas até por profissionais que pensamos ter uma base científica para o que falam, muitos estudos foram feitos. Alguns estudos mediam o nível de cortisol na saliva do bebê e outros acompanharam as crianças até os seis anos de idade para descobrir se havia as tais sequelas. Quanto ao cortisol (hormônio do estresse) as medições atestam que não há níveis mais elevados que o normal durante ou depois do processo de modificação do hábito de dormir a noite toda. E as crianças que passaram por este processo não apresentaram nenhum tipo de sequela ou trauma posterior.
Minha sugestão é que os pais planejem e comecem implementar de preferência num final de semana quando não precisem trabalhar no dia seguinte. Ou que o pai coloque tampão de ouvido e durma o mais longe possível se tiver que acordar cedo no próximo dia.
Ou, se a mãe tiver mais tendência de ceder, que o papai fique responsável pelo processo enquanto a mamãe fica mais distante ou com o tampão ou na casa da mamãe dela.
Se a criança já for maior e entender um pouco mais a mãe pode explicar que agora que ela está ‘grande’ não precisa mais mamar (ou querer que a mamãe vá dormir com ela quando ela acorda ou…) e que por isso quando acordar é só dormir de novo. Avise também que mamãe vem pega-lá quando o sol aparecer amanhã cedo mas não antes. Ore com ela e por ela.
A criança não vai chorar a noite toda porque chorar desgasta e cansa e ela acaba por dormir. No dia seguinte procure manter o horário habitual e manter a criança sem sonequinhas extras, especialmente na parte da tarde e noitinha. Acorde a criança com calma e bom ânimo. Lembre que será uma benção para a criança e para todos da família poder em breve dormir sem interrupção a noite toda e todos acordarem descansados e calmos.
A experiência de firmeza com amor nos abre os olhos para o fato de que muitas vezes sofremos e fazemos sofrer por um dó que traz dor na verdade.
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5
Abraço, Silvia Martins
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